segunda-feira, 20 de julho de 2015

Tirando o Cunha da reta

Agora chega. Cansei. Chega de fazer piadinha e trocadilho com o nome do presidente da Câmara, aquele que deixou os trezentos picaretas do Congresso Nacional com o Cunha na mão porque, afinal, eles sabem que quem tem Cunha, tem o que Temer.

Enquanto Eduardo, o Breve, sofre o "bullying" nacional, seu aparentado tucano senador Cássio, o Lima, leva vida tranquila com a morosidade do juiz Moroso. Esse nasceu com o Cunha virado para a lua. E de mais a mais, pimenta no Cunha dos outros é refresco, não é mesmo?

O homem já virou até piada de português, com direito a primeiro-ministro lusitano meter Cunha na acusação contra Lula da Silva. Mas o que é que o Cunha tem a ver com as calças?

Só falta agora o ministro do STF Marco Aurélio vir a público dizer que "não sabia que o Cunha fazia parte da base". Aí vai ter engraçadinho perguntando se o ministro nunca observou o próprio rabo. Traseiro. Nádegas. Enfim, a base que nos sustenta sentados.

Acho isso tudo uma falta de respeito pela família, que é enorme Brasil afora e não tem nada a ver com as estrepolias do parente ilustre, que emergiu do baixo pastorado para o pontificado do Poder Legislativo. Um amigo me disse que seu cunhado, um Cunha do clero inferior, estaria incomodado com essa brincadeira.  (Não resisti e disse a ele que cunhado, se fosse bom, não começava com "cunha").

Enfim, já ri até o Cunha fazer bico. Agora, chega!

O que eu quero mesmo é ver aquele amontoado de coxinhas primorosamente educados gritando na frente da Câmara: "Cunha, vá tomar no Cunha, vá tomar no Cunha, vá..."

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